O ministro Edson Fachin, relator do caso JBS no Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta sexta-feira (30) a ordem de prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Ex-assessor especial do presidente Michel Temer, Rocha Loures estava preso desde 3 de junho por suspeita de corrupção. Ele ficou conhecido como o “homem da mala” ao ser flagrado recebendo R$ 500 mil em propina paga pela JBS.
Ao mandar soltá-lo, o ministro impôs condições. O ex-assessor do presidente Michel Temer será monitorado por tornozeleira eletrônica e terá de se recolher em casa à noite, entre 20 horas e 6 horas do dia seguinte.
Rocha Loures ficou, inicialmente, recolhido no Presídio da Papuda, mas sua defesa alegou que na penitenciária de Brasília ele corria risco de vida. Fachin determinou então a transferência do ex-assessor de Temer para a custódia da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
Na noite de 28 de abril, Loures foi filmado por agentes da PF, em ação controlada autorizada por Fachin, correndo numa rua de São Paulo carregando uma mala preta estufada de propinas da JBS – 10 mil notas de R$ 50, somando R$ 500 mil.
O “homem da mala” entregou o dinheiro da propina à Polícia Federal. Ele e o presidente Temer foram denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva.