Jacundá tem jeito, sim! E o primeiro passo começou com a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que é um dos instrumentos da Política de Saneamento Básico do município. Rede de Abastecimento de Água Potável; Rede de Esgotamento Sanitário; Drenagem das Águas Pluviais e Aterro Sanitário e Resíduos Sólidos foram discutidos durante Audiência Pública que aconteceu na última sexta-feira (13) na sede do Prodasf, com a participação de agentes públicos e sociedade civil organizada.
No cenário atual, a cidade de Jacundá é abastecida com água considerada bruta – captada diretamente do Rio Arraiá - e distribuída aos domicílios, o que corresponde a 33% de cobertura. Mas, segundo o prefeito Izaldino Altoé, “o projeto de água tratada abastecerá 100% dos domicílios com rede de água potável na área urbana. E acabamos de receber a última parcela de financiamento por meio da Funasa, do Governo Federal, e a Prefeitura fará um complemento para concluir a obra”, garantiu o gestor. Dos 17 bairros da cidade, apenas 8 são atendidos pela companhia de saneamento básico (Cosanpa).
No tocante a coleta e tratamento de esgoto, a cidade não dispõe de um sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário domiciliar, favorecendo o uso de “fossas negras” (buracos escavados no terreno) para esgotamento sanitário individual ou tanques sépticos. “É possível observar nas áreas urbanas o lançamento de esgotos a céu aberto”, aponta Maria Dalva da Cruz Luz, geógrafa, especialista em Gestão em Sistemas e Serviços de Saúde, e que proferiu a palestra sobre o assunto para os participantes da audiência.
Em se tratando de limpeza urbana, o Manejo de Resíduos Sólidos e a Limpeza Urbana de Jacundá são serviços de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos, que realiza serviços de capina, varrição de vias públicas, podas de árvores, e a coleta de resíduo sólido. “A coleta ocorre diariamente obedecendo a uma programação por bairro. O resíduo coletado não é tratado e nem disposto de forma adequada, tudo que é coletado é lançado em um “lixão” que fica a 5 km da cidade”, informou o secretário Agnaldo Pezzin, responsável pela audiência pública conjuntamente com o secretário de Administração, Luiz Carlos Veiga.
Dentro do PMSB, a cidade contará com um aterro sanitário. O projeto se encontra em fase de elaboração. Sobre a estação de tratamento de esgoto, o prefeito Dino explicou que a “obra está momentaneamente paralisada em decorrência de atraso da última parcela dos recursos, que são do Governo Federal, por meio da Funasa. O projeto foi elaborado por Elidiane Assis, engenheira sanitarista, com especialidade em saneamento básico, responsável técnica pela planejamento do projeto
Ao final da audiência foram criados quatro grupos de trabalho:
GT-1 – Rede de Esgotamento Sanitário: 1- Sindicato dos Pescadores e Aquicultores de Jacundá – SINDJAC; 2 – Associação de Moradores do Bairro Alto Paraíso – AMBAP; 3 – Sindicato dos Produtores Rurais de Jacundá – SINRURAL.
GT-2 – Rede de água Potável: 1 – Associação de Mulheres de Jacundá – ADMUJ; 2 – Associação de Moradores e Agricultores da Vila Pajé – AMAP; 3 – Associação Comercial e Industrial de Jacundá – ACIJ.
GT-3 – Drenagem das Águas Pluviais: 1 – Associação de Bairros de Jacundá – ASBAJA; 2 – Centro Social Urbano da Cidade Nova – CENSUR; 3 – Centro Comunitário de Jacundá – CCJ.
GT-4 – Aterro Sanitário e Resíduos Sólidos: 1 – Associação de Moradores dos Bairros Industrial e Novo Horizonte – AMBIN; 2 – Fórum Nacional de Desenvolvimento Integrado Sustentável e Solidário – FNDISS; 3 – Associação Cultural de Jacundá – ACJ.
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