O delegado de Jacundá, Sérgio Máximo, já identificou 15 pessoas responsáveis por incitar pelas redes sociais atos de vandalismo contra o patrimônio público. A campanha começou a circular na internet no dia 4 da semana passada quando chegou à cidade uma fiscalização do Detran, um dos principais alvos dos manifestantes. “A polícia agiu rápido e evitou que esses atos de violência ocorressem na cidade”, disse o delegado à reportagem.
A convocação dos manifestantes conclamava os moradores da cidade para se concentrar na praça e depois seguiria para a ponte sobre o Rio Arraia, na tarde de domingo, 7, e como não aconteceu houve um segundo chamado para a segunda-feira, 8. Nas duas situações, o delegado explicou que “os investigadores monitoraram as publicações com caráter de incitar atos de violência”.
No primeiro chamado um dos internautas publicou: “Convocamos todos para a maior manifestação vista em Jacundá. Você que está indignado com o que está acontecendo ultimamente na nossa cidade, com o descaso, desprezo, falta de respeito aos moradores, e pra acabar de completar e piorar a situação ainda trazem o Detran causando terror em nossa cidade”. O texto era completado com hashtag foradetran (#foradetran).
Como não aconteceu a manifestação, no dia seguinte uma das publicações dizia: “mas na hora de agir de encarar a realidade ninguém vai. São todos medrosos e covardes”. “Vamos mostrar pro Detran que pra eles virem pra Jacundá a cidade precisa estar preparada”, dizia outra publicação.
Sérgio Máximo explicou que dezenas de mensagens foram publicadas. “E muitas delas incitavam a população a cometer atos de violência, como atear fogo nas viaturas do Detran e também nos carros da polícia. Não podemos admitir esse tipo de manifestação”. E os autores que publicaram tais publicações foram identificados, num total de 15 pessoas, que serão chamadas para dá explicação. De acordo com o delegado os envolvidos responderão a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), conforme o Artigo 286 do Código Penal Brasileiro (CPB), que determina de 3 a 6 meses de detenção.