Nos últimos meses, o Pará se viu diante do aumento do registro de casos da síndrome mão-pé-boca. Segundo a pediatra Mara Freitas, do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), o tratamento é sintomático e requer repouso, hidratação e boa alimentação.
“A doença é causada pelo vírus Coxsackie e dura de cinco a dez dias. Começa com um quadro de febre alta, que pode ser acompanhada de mal-estar, falta de apetite, diarreia e vômito. Depois começam a aparecer lesões avermelhadas na boca, faringe e garganta, que evoluem para ulcerações do tipo afta e são extremamente dolorosas, e pequenas lesões bolhosas ao redor da boca, nas mãos e pés”, explica a médica.
Em geral, as crianças são o principal alvo do vírus, mas adultos também podem ser contaminados, embora seja mais raro. A transmissão se dá por via fecal-oral, a partir do contato direto com fezes, secreção, saliva, além de objetos e superfícies que tiveram contato com a gotícula ou secreção contaminada.
Por conta do alto risco de contágio, é importante que o paciente com a síndrome mão-pé-boca evite contato com outras pessoas, especialmente no período em que estiver com as lesões. Ressalta-se que o problema pode ser transmitido até quatro semanas depois que a pessoa apresenta melhora.
Como medidas de prevenção, é importante que todas as vezes em que o responsável pela criança for trocá-la ou levá-la ao banheiro, lave bem as mãos, e tenha cuidado com o descarte de fraldas e lenço umedecido, pois o vírus fica nesses materiais também. Além disso, recomenda-se higienizar com água sanitária o local onde a criança estiver brincando, além de itens compartilhados, como brinquedos.
Sintomas – Febre alta, aparecimento de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe e erupção de pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.